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“Isso não é um déjà vu.”

17 out

Esse post é dedicado à você, ó grande prodígio de medicina, que estudou sem parar no seu último ano colegial, fez sabe Deus quantos intermináveis anos de cursinho e hoje se enterra em livros de toneladas a fim de decorar toda e qualquer estrutura do nosso corpitcho humano.

Calma, meu filho! Seu sofrimento está prestes a acabar.

A vida médica pode ser bem mais divertida do que você imagina.

Imagem do seriado "Grey's Anatomy"

Se você já viu algum seriado cujo tema é um hospital, você já sabe do que eu estou falando. Sim! Dramas intensos, relacionamentos que vão e voltam, envolvimento com pacientes, sexo nos quartinhos de descanso… É a própria farra vestida de jaleco!

Por que é clichê?

Engana-se aquele que acha que os seriados médicos são criados pelo clima caótico de hospital, pela resolução de doenças, aprendizado de medicina…
O que pega mesmo são as loucuras do bando de médico que trabalha no hospital em questão.
Sempre tem o médico galã, de olhos serenos, charmosão, de cargo importante, que todo mundo baba em cima.

Outra personagem que sempre aparece é a médica durona, fria, toda independente – que geralmente tem um caso com o galã acima, ou alguma derivação.

Não podemos esquecer do palhaço. Esse é um dos bons. Sempre faz piada de tudo, dá em cima de todas descaradamente (e eventualmente, fica com todas), e sempre dá uma espertinho.

E temos também o médico problema. O cara/mulher seriamente perturbado, com algum trauma, alta instabilidade familiar, ou em estágio de doença terminal.

 

Como não colocar "House"?

E o episódio geralmente se dá da seguinte maneira:

1. Entram pacientes com ferimentos menores, e outros com casos absurdos e exóticos.

2. Algum médico gosta de outro, mas não é correspondido.

3. Alguma médica fica grávida de outro médico.

4. Dois médicos se estranham o episódio inteiro – e no final, um joga tudo na cara do outro, de modo que o segundo fica catatônico com o discurso emocionado do primeiro.

5. O paciente que estava aparentemente bem, morre.

6. Música triste e de reflexão.

7. Um médico se declara ao outro. Eles dormem juntos, imersos em melancolia.

 

A pioneira do ramo, a série "E.R"

Por que essa droga é tããão boa!? 

Muito bem, poucos vão confessar, mas todo mundo curte um seriado de médicos. Sabe por quê?

Uma vez que você se familiariza com a história e os personagens… a coisa toma um rumo catastrófico.

Você, de repente, começa a se fazer perguntas no final de cada episódio, e desenvolve a necessidade de respondê-las no próximo.

Tipo: Com quem o Doutor Gostosão escolheu ficar no final, com a médica estrangeira ou com a médica durona?

A médica latina é realmente lésbica?

O cardiologista largou a enfermeira no altar?

Estaria a paramédica com câncer?

Oh, não! A estagiária está grávida! Mas de quem?

É tipo um vício à la novela mexicana.

Fazendo a linha médicos descolados, "Private Practice".

Então, se você anda se perguntando como será sua vida pessoal com toda essa loucura de residência, e tudo mais… relaxa.
No hospital, sua vida vai ser bem mais animada do que qualquer outra.

Médico bom é médico com problemas amorosos e existenciais.

É, minha gente. Se o seu médico parece muito normal, com família feliz e vida estável, desconfie.